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Artista Abraham Palatnik morre aos 92 anos vítima de Covid-19 - Cultura - iG

12 de junho de 2020

O artista plástico Abraham Palatnik morreu, na manhã deste sábado (9), aos 92 anos, vítima do novo coronavírus . Ele estava internado desde o dia 29 de abril em estado grave, após testar positivo para Covid-19 , no hospital Copa Star, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Segundo o jornal  O Globo , ele sofria de doença pulmonar e teve pneumonia há 6 meses. 

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Abraham Palatnik Divulgação Abraham Palatnik

Abraham Palatnik fazia parte do grupo de artistas que inclui nomes como o americano Alexander Calder, os franceses Marcel Duchamp e Victor Vasarely e o venezuelano Jesus Rafael Soto. Abraham Palatnik iniciou, nos anos 1950, seus primeiros experimentos com a arte cinética, investigando o movimento a partir de obras que uniam cores, luzes e elementos mecânicos. A aceitação não foi imediata. Seu cinecromático “Azul e roxo em seu primeiro movimento” foi enviado à I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, e quase ficou fora do evento, por não se encaixar nas categorias de pintura ou escultura. Mas nas décadas seguintes seu nome jamais deixou de ser associado a obras de vanguarda das artes brasileiras.

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Nascido em Natal (RN) em 1928, o artista radicadou-se no Rio em 1947, para onde se mudou após viver na região onde hoje se localiza o Estado de Israel (lá frequentou o Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv). Aqui, o potiguar se uniu, na década seguinte, aos artistas do Grupo Frente (Ivan Serpa, Helio Oiticica, Lygia Clark, Aluisio Carvão, Lygia Pape e Franz Weissman), marco do concretismo.

Obras de Abraham Palatnik. Foto: Divulgação Obras de Abraham Palatnik. Foto: Divulgação Obras de Abraham Palatnik. Foto: Divulgação Obras de Abraham Palatnik. Foto: Divulgação Obras de Abraham Palatnik. Foto: Divulgação Obras de Abraham Palatnik. Foto: Divulgação Obras de Abraham Palatnik. Foto: Divulgação

No bairro do Engenho de Dentro, viveu uma experiência que mudaria sua carreira. Em 1949, impactado pela arte de internos do Hospital Psiquiátrico Pedro II, Palatnik decidiu abandonar a pintura figurativa, iniciando a pesquisa com luz e movimento que resultaria nos primeiro trabalhos cinecromáticos.

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Ainda que tenha se tornado um dos principais nomes do movimento concretista, a singularidade das obras de Abraham Palatnik o manteve numa posição única no cenário nacional. O reconhecimento como um dos pioneiros da arte cinética garantiu sua presença em instituições internacionais, como o Museum of Fine Arts, em Houston, e o MoMA, em Nova York.

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